Você sabia que a criança inicia a sua aprendizagem
pela boca?
É por esse motivo que tudo o que pega vai direto á boca.
Não
importa quantas vezes você a repreenda, ela continua a experimentar tudo, e
isso é natural e, de certo modo saudável, uma vez que a faz adquirir imunidade.
Assim,
a mordida entra na vida da criança. Finalmente, a primeira experiência se dá no
seio da mãe, logo após, com os brinquedos. Tudo acontece com o objetivo de
sentir e explorar a textura, a forma, o gosto do mundo que a cerca.
Mas,
de repente, o problema surge: o “nhac” em um coleguinha! A mordida é uma
situação muito embaraçosa para ambas as famílias: a do que morde fica sem saber
como agir e a do mordido, muitas as vezes, age impulsivamente, ensinando a
criança a revidar.
O que fazer como agir?
Primeiramente,
precisamos compreender os motivos que levam a criança a morder. Veja algumas
causas:
- Nem toda mordida esta relacionada a disputas e
brigas; quando a criança gosta muito de alguém e não consegue expressar-se,
pode vir a morder também
- Logo após a primeira mordida, a criança percebe
que pode comunicar descontentamento com ela ou, simplesmente, pode utilizá-la
para chamar atenção dos adultos.
- Outro motivo para as “abocanhadas” pode ser a
simples imitação. Muitos adultos brincam com as crianças de dar “mordidinhas”,
expressando com elas o quanto gostam da criança. Esta, por sua vez, reproduz o
comportamento, porém, sem a noção da força que deve ser utilizada na
brincadeira.
Assim
que a criança vai se apropriando da linguagem falada, é esperado que a mordida
vá ficando de lado. Porém, existe, algumas medidas que auxiliam a diminuir a
incidência dessa situação. Leia-as a seguir:
1 – Ajude a criança a expressar os sentimentos que
geraram a mordida. Se ela se negar a falar, incentive-a com perguntas. Mas, não
responda por ela.
2 – Valorize e dê importância também aos
comportamentos positivos.
3 – Quando presenciar a mordida, não faça
escândalo e nem dê sermões demorados; será melhor se abaixar na altura da
criança e falar firmemente: “Isso dói!”; “Não pode!”.
4 – Pesquisas apontam que não há relação entre as
crianças que mordem e adultos violentos. Precisamos encarar essa como mais uma
fase do desenvolvimento infantil.
Você pode estar pensando: Mas, e o meu filho? Ele
será sempre o mordido?
Com certeza, as marcas da mordida em seu pequeno
dói muito mais em você do que nele mesmo. E preciso calma para resolver a situação!
Compreenda que a criança que morde não o faz porque é má é que, na vivência em
grupo, é normal que isso aconteça. Logo, logo seu filho irá descobrir como se
defender e se impor aos coleguinhas. Não incentive a agressão e o revide.
Oriente a criança a expor a insatisfação e a dor que sentiu aos ser mordida.
Você sabia que as mordidas acontecem tão
rapidamente e espontaneamente na sala, que o professor muitas vezes, não
consegue evitar que elas aconteçam? Isto não significa que o professor está desatento.
Toda mordida deve ser analisada no contexto em que aconteceu.
Se ainda restam dúvidas sobre o tema, converse com
as professoras, coordenação, direção, ou com os orientadores da Educação
Infantil, para pensarmos juntos sobre a melhor solução.
RIZZO, Gilda. Período de adaptação á
creche. In: Autor Creche: organização, currículo, montagem e funcionamento. Rio
de janeiro: Bertrand Russel, 2000.
Equipe de Orientação Educação Infantil
Prof.Valdemar
Profa Andréia
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